Fico cada vez mais impressionada com a beleza da Igreja, nossa Mãe, que nos revigora na fé e na esperança, que nos sustenta e nos confirma naquele "nascimento eucarístico" que propomos aos jovens desesperados que batem as portas da nossa Comunidade a tantos anos. Sinto de ser ainda mais apaixonada e agradecida à Igreja por aquilo que é: fortaleza de ideal, luz que ilumina o caminho e orienta as escolhas de cada homem, serviço voltado aos mais pobres, pão repartido para os que sofrem, certeza para todos.
A igreja é jovem, na força das pessoas que doam a vida, que doam sangue, dia após dia sem medo, encontrando a coragem e a fidelidade na comunhão eucarística, no encontro com o corpo crucificado e ressuscitado de Cristo, que a um certo momento transforma também o nosso corpo em Eucaristia: nos deixando mais limpos, mais generosos, mais Jesus. Nós nos nutrimos Dele e aos poucos somos renovados Nele: Não somos mais nós a viver, mas Cristo vive em nós, nos tornamos pão repartido para os irmãos. É esta a oferta da vida que deixa vivo o Povo de Deus, tudo aquilo que faz de bem: Semear um sorriso, gesto de bondade, palavras positivas, encorajamentos, a força de carregar a cruz do irmão sobre a tua costas, o teu sacrifício que se faz dom sem limites....
Os Apóstolos viveram isso. Tiveram seguido Jesus e depois da Pentecostes, daquele Cenáculo, tiveram começado anunciar a todos: assim nasceu a Igreja . E Pedro ficou na terra na pessoa do Papa: Quem ainda não se aproximou dele ao menos uma vez, não pode entender o mistério luminoso desta presença viva que é dentro dele. Olhando nos seus olhos veras que Pedro é vivo, pois ao se aproximar sente que ali tem a ternura de Deus, a beleza de uma presença que permanece, que te da segurança. Sente uma dimensão que não é só mais a terra, que não é mais só um momento histórico; existe algo que vai alem do se vê, é um outro que habita naquela pessoa que encontra: é Pedro que continua a olhar-nos ao encontro com o Maestro.
Aquele Filho de Deus nascido em Belém, que significa "casa do pão", nos vem encontro também hoje sobre todos os altares do mundo. Como os pastores e magos, cada um de nós, na noite do coração que cada homem sente e vive a fome daquela criança depositada na manjedoura a contemplar a luz da sua presença.
No caminho destes dois mil anos de historia, homens e mulheres de cada língua, raça e cultura, maravilhado com o encontro vivo com aquela criança, tiveram semeado a sua luz ao extremo confins da terra: foram eles a Igreja, que leva a todos o Pão da Vida, e hoje esta Igreja sou eu, é você, somos nós!
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